segunda-feira, 24 de maio de 2010

A Liberdade


Em filosofia, a liberdade designa-se de autonomia, espontaneidade de um sujeito racional, pois ela qualifica e constitui a condição dos comportamentos humanos voluntários. Para alguns autores, esta temática não se trata apenas de um conceito abstracto, pois buscam atribuí-la como qualidade ao ser humano livre.
A Liberdade é um conceito bastante complexo e vasto, pois tem vários subconceitos, como a Liberdade de indiferença, Esclarecimento, Autonomia.
Segundo Asno de Buridan, ser indiferente livre é não ter mais propensão a fazer uma do que outra, entre duas alternativas.
Para Descartes, o Esclarecimento age mais com liberdade quem melhor compreende as alternativas em escolha. Quanto mais claramente uma alternativa pareça como a verdadeira, mais facilmente se escolhe essa alternativa.
Para Kant ser livre é autónomo, isto é, dar a sim mesmo as regras a serem seguidas racionalmente. Todos entendem, mas nenhum homem sabe explicar.
Ser livre, é fazer o que segue necessariamente da Natureza do agente (Spinoza). A liberdade suscita ao homem o poder de se exprimir como tal, e obviamente na sua totalidade.
Apesar de muitas vezes associarmos o conceito de liberdade à decisão, está não será bem assim, já que a nossa vida é condicionada, pelas leis da física e químicas, biológicas e psicológicas.
Associada à liberdade, está também a noção de responsabilidade, já que o acto de ser livre implica assumir o conjunto dos nossos actos e saber responder a eles.
No geral ser livre é ter capacidade para agir, com a intervenção da vontade.
A acção humana é espontânea e reflectida (por vezes). Ela é tal que poderia ser de outra forma. É espontânea porque sempre parte do sujeito agente que é responsável por causar ou não qualquer evento. É reflectida porque o homem pode conhecer os motivos pelos quais age no mundo e, uma vez conhecendo-os, pode lidar com eles de maneira livre.
Podemos dizer que a acção humana não é absolutamente livre. Todo o agir do humano, bem como todos os fenómenos da Natureza, até mesmo as suas leis, são níveis de objectivação da coisa em si. Kant identificava-a como Vontade.
Na ideologia Marxiana, esta entende a liberdade humana como a constante criação prática pelos indivíduos de circunstâncias objectivas nas quais despontam a sua faculdade, sentidos e aptidões (artísticas, sensórias, teóricas, etc.) Marx critica as concepções metafísicas da liberdade. Para ele não há liberdade sem o mundo material no qual os indivíduos manifestam na prática a sua liberdade junto com outras pessoas, em que transformam as suas circunstâncias objectivas de modo a criar o mundo objectivo das suas faculdade, sentidos e aptidões. Ou seja, a liberdade humana só pode ser controlada de facto pelos indivíduos na produção prática das suas próprias condições materiais de existência.
Marx defende que existe várias liberdades parciais que existem no capitalismo (liberdade económica, liberdade de expressão – política.
Por fim, temos a ética, onde a liberdade costuma ser considerada um pressuposto para a responsabilidade do agente, para o desenvolvimento do seu ambiente, das suas estruturas para conseguir e no final, a satisfação para o meio.
A realidade é que, por mais que se fale em liberdade, os homens não são livres. Porém, temos a liberdade para perdoar alguém, somos livres de sentir culpa, termos o poder para escolher fazer as coisas certas, ter auto-domínio, ter a capacidade de perdoar e amar os outros, não ser escravizado por nada.

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